O mercado de startups brasileiro é relativamente jovem, quando comparamos com países como os EUA, por exemplo. Para se ter um parâmetro, o primeiro unicórnio reconhecido no país foi a 99 Taxi, há cerca de 4 anos atrás, enquanto na terra do tio Sam, os pioneiros nesta terminologia são datados ainda na década de 90, como por exemplo o Google. Esse gap tem diversos fatores que podem ser entendidos desde a formação econômica brasileira, mas o que é importante ser compreendido é o quanto ainda existe de espaço a ser explorado.
Este movimento de maturidade já vem ocorrendo, impulsionado por um ciclo de juros baixos, vimos o surgimento de diversos novos fundos quer aproximaram o tradicional investidor institucional brasileiro do mercado de Venture Capital, além da inserção ainda que tímida do investidor de varejo nesta modalidade. Algumas barreiras ainda dificultam a entrada do pequeno investidor, mas a cada dia a regulamentação vai evoluindo e novas soluções surgem para completar a trilha do investidor.
Na minha visão, um grande passo está sendo dado neste sentido, e uma das inovações que vejo como bastante interessante é o surgimento de um mercado secundário de startups. Eu já havia citado em algumas edições anteriores sobre o avanço do projeto pela SMU, que esteve bastante envolvida no Sandbox da CVM e recentemente tivemos o anúncio desta modalidade também na plataforma da Captable. Obviamente que a liquidez passará longe do que temos em um ambiente como o da B3, mas já é uma forma que pode atrair ainda mais a pessoa física para o mundo de startups.
Sigo com a finalidade de contribuir com a educação deste mercado e contribuir com a minha visão sobre algumas startups e o mercado de maneira geral. Nesta semana, analiso o deck da startup Lincon, healthtech que a partir da tecnologia busca ajudar pessoas com doenças crônicas a terem uma melhor qualidade de vida. O negócio busca levantar um round via Kria, plataforma de equity crowdfunding. Depois desta análise, trarei 5 startups que estão em alta neste momento e finalizando com um pequeno overview do mercado.
Como sempre gosto de ressaltar, minhas análises aqui não são recomendações de investimento, assim como o fato de o João Kepler dizer que não investiria, não significa que a Startup não é “investível”. Meu foco é compartilhar conhecimento e apresentar as novidades dentro do ecossistema de startups.
Abraço e boa leitura.